Hiperlordose: o que é, tipos, sintomas e tratamento

Hiperlordose ocorre quando a curvatura da coluna fica mais acentuada para dentro do corpo. Esse problema pode acometer tanto a região lombar, quanto a cervical. A hiperlordose pode causar bastante desconforto e dor na região do fundo das costas e do pescoço, pois a coluna vertebral possui curvaturas em toda a sua extensão, irradiando a dor por toda a região acometida.

Como a condição pode estar relacionada com as duas regiões da parte superior do corpo, a hiperlordose recebe duas classificações, sendo elas:

  • Hiperlordose lombar: é o tipo mais comum de hiperlordose e se caracteriza por uma alteração na região lombar, que deixa toda a área da pelve mais para trás, dando a aparência de um glúteo mais arrebitado, enquanto o abdômen do paciente tende a ficar mais para frente.
  • Hiperlordose cervical: provoca uma alteração na região cervical e a condição é notada, sobretudo, quando se realiza alongamentos do pescoço para frente. Essa simples movimentação pode causar dor e enorme desconforto.

Em ambos os casos a hiperlordose é bastante acentuada, ou seja, a curvatura é para dentro, sendo perceptível com facilidade. A melhor forma de tratamento é buscar ajuda de um ortopedista para que este profissional indique exames que descubram a causa ou gravidade do problema, e dessa maneira seja possível iniciar o tratamento adequado.

Sintomas

Os sintomas de uma hiperlordose podem variar, pois depende do local da curvatura. Geralmente, os sintomas clássicos mais relatados em consultório são:

  • Notável alteração na curvatura da coluna, sendo mais perceptível quando a pessoa está de lado;
  • Dor que parece estar no fundo das costas;
  • Diminuição ou dificuldade de movimentação da coluna;
  • Postura alterada;
  • Dificuldade ou impossibilidade de encostar as costas no colchão ou chão quando se deita de barriga para cima;
  • Abdômen globoso e fraco;
  • Fadiga muscular;
  • Dores na região lombar.

Causas da hiperlordose

A causa da hiperlordose pode ser desconhecida para grande parte dos casos, uma vez que a literatura médica ainda não dispõe de respostas definitivas sobre esses casos. Entretanto, há doenças, condições e situações que tornam uma hiperlordose possível.

Em alguns casos, a hiperlordose pode ter origem fisiológica, que é quando o próprio corpo precisa de um ângulo mais acentuado na lombar a fim e compensar uma anteversão pélvica, ou seja, a pelve inclinada para frente. Em outros casos, uma hiperlordose pode ter origem em doenças adquiridas ao longo da vida ou congênitas, bem como em fatores genéticos.

Obesidade e gravidez podem inclinar a coluna para dentro, devido ao peso da barriga. A coluna faz muito esforço para manter todo o peso e tende a sofrer alterações. Em alguns desses casos, o parto ou o emagrecimento podem resolver ou colaborar para a melhora significativa do caso. Em outras situações, o tratamento se torna mais rigoroso e em alguns casos, será necessária uma intervenção cirúrgica.

Há problemas neurológicos, ósseos e musculares que podem causar uma hiperlordose. São casos, por exemplo, de artrose de quadril, sequela de lesões na região da coluna, paralisia cerebral, acondroplasia, rigidez pélvica, espondilolistese, hérnia de disco, entre outros.

Diagnóstico de hiperlordose

O diagnóstico dos dois tipos de hiperlordose pode ser obtido com um médico ortopedista. Primeiro se realiza uma avaliação física em que o médico avaliará a postura e posição da coluna do paciente de costas, de frente e de lado.

Exames complementares, sobretudo de imagem, podem ser solicitados a critério de cada médico, sendo os mais comuns a radiografia (raio-x) que avalia a gravidade da hiperlordose, bem como uma tomografia computadorizada e/ou uma ressonância magnética. Esses exames também são essenciais para se descartar outras causas da hiperlordose, uma vez que algumas doenças também podem acometer a postura da coluna.

Tratamento

O tratamento adequado para hiperlordose dependerá não só do diagnóstico, como também da condição física de cada paciente. Em muitos casos, o médico poderá indicar como parte do tratamento, a realização de atividades físicas que visem o fortalecimento da musculatura e correção postural. Geralmente essa indicação de exercício físico é mais comum em casos considerados leves de hiperlordose em pacientes saudáveis.

Nos casos mais graves com dor intensa ou de pacientes com alguma limitação, o médico irá prescrever medicamentos específicos como analgésicos e anti-inflamatórios, levando-se em consideração sempre a situação de cada paciente. Órteses e coletes também podem ser indicados para auxiliar na correção da postura da coluna.

A fisioterapia será indicada na maioria dos casos, pois ajuda a atenuar desequilíbrios musculares, além de fortalecer a musculatura e corrigir a postura. Nos casos mais graves e quando não houver contra indicação, uma cirurgia para corrigir a postura da coluna será indicada.

Hiperlordose tem cura?

A maioria dos casos de hiperlordose possui cura. Isso porque a grande maioria dos casos de hiperlordose é de origem postural. Corrigindo a postura e fortalecendo a musculatura, bem como não havendo outras causas adjacentes para a doença, a postura poderá ser corrigida.

Nos casos mais graves, em que a cirurgia será indicada, o problema não será completamente resolvido, mas pode ser bastante útil, uma vez que melhora a postura e aproxima a coluna lombar ou cervical do eixo central, permitindo que o paciente recupere a sua qualidade de vida.

Prevenção da hiperlordose

Como essa alteração é causada por diferentes razões, e nem sempre se chega a uma resposta sobre sua origem, muitas vezes não é possível prevenir a hiperlordose. Entretanto, na maioria dos casos é possível manter um estilo de vida saudável, com prática regular de exercícios, postura correta e boa alimentação para impedir que esse e outros problemas de origem óssea e, ou muscular, surjam com o passar dos anos.

Exercícios que ajudam a corrigir hiperlordose

Todo exercício deve ser supervisionado por um profissional, seja um fisioterapeuta, personal trainer ou médico. Se não houver contraindicações por questões físicas ou de saúde, o paciente poderá realizar cerca de 10 séries diárias de prancha abdominal, alongamento da coluna e mobilização pélvica deitado.

Além disso, o ideal é que esses exercícios sejam realizados com pausas de pelo menos 30 segundos entre eles e se repita por 12 semanas, a fim de obter os resultados esperados sem necessidade de se exercitar muito. A depender do ritmo de cada um para a realização dessas atividades, os exercícios podem ser realizados em 10 ou 15 minutos diários, permitindo que todos consigam se organizar para a prática.

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